Olá, caros leitores. Nesta semana assistí um filme muito interessante. Na minha humilde opinião, considero que seja uma das melhores comédias-românticas-cult que já lançaram, mas não sou eu que vos falarei sobre a película. Vasculhando alguns blogs achei uma crítica muito interessante no “Miolão.com“.
Descrever este filme em duas linhas parece uma tarefa bem simples à primeira vista.
(500) Dias Com Ela conta como Tom Hanson se apaixona por Summer. E também sobre como ela não se apaixona por ele.
Logo de início somos apresentados a Tom, um garoto que cresceu assistindo filmes de amor, tendo certeza que um dia viveria uma história tão linda quanto as que via no cinema. Do outro lado da tela, conhecemos Summer. Uma garota filha de pais separados que só ama de verdade duas coisas na vida: seu longo e lindo cabelo negro e a facilidade que o corta sem sentir absolutamente nada.
Com uma abertura encantadora, ao som de Us, de Regina Spektor, somos inseridos na vida dessas duas pessoas e por pouco mais de uma hora e meia sorrimos, torcemos e sentimos nossa garganta um pouquinho mais apertada. Está tudo lá. Toda a vontade de ser feliz, de se sentir amado, de encontrar a sua cara metade, de encontrar, sem querer, também decepções.
Quebrando todos os clichês que poderiam sair da premissa água com açúcar, Marc Webb subverte a comédia romântica. Aqui temos um garoto apaixonado e uma garota que não acredita no amor, ao contrário da maioria das produções do gênero, onde é sempre a garota que idealiza um amor.
A narrativa fragmentada foi outro acerto. Em vez de vermos um início apaixonado, um meio turbulento e um final feliz, a história inteira se mistura numa ordem não cronológica, soando às vezes cruel, como por exemplo quando o filme nos mostra as piadas que de repente perdem a graça e também como que o que a gente amava no outro de repente torna-se insuportável. As piadas funcionam no tempo certo e quebram toda tensão que o filme acumularia se fosse contado de forma convencional.
Tudo, absolutamente tudo, é mostrado de um jeito sutil, bem humorado e bonito. A dupla de protagonistas tem uma química que desperta simpatia. Joseph Gordon-Levitt, que já tinha mostrado a que veio no incrível Mistérios da Carne e que mais recentemente deu as caras em G.I. Joe – A Origem de Cobra, segura o filme todo, dosando precisamente a comédia e o drama. Zooey Deschanel, que é musa da galerinha indie e que normalmente deixa devendo quando o quesito é atuação, tem o papel de sua vida. No auge de sua beleza, é impossível não se apaixonar pela sua Summer.
Zooey, além de atuar, contribui cantando com a outra metade do She & Him uma versão de Please, Please, Please, Let Me Get What I Want, clássico do The Smiths. Aliás, a trilha sonora inteira é delicosa. Além dos já mencionados She & Him e da fofíssima Regina Spektor, temos Wolfmother, Carla Bruni, Feist, Black Lips e até Hall & Oates, com a ensolarada You Make My Dreams.
É, realmente falar sobre (500) Dias Com Ela parece bem simples. Mas quando a gente mergulha no universo projetado pela brilhante estréia de Marc Webb na direção, a gente nota que se trata de algo muito maior do que apenas mais um filminho de amor. (500) Dias Com Ela é um filme sobre a vida. Ou pelo menos, sobre a parte mais gostosa dela.
(500) Days Of Summer, Marc Webb, 2009.
(500) Dias Com Ela. Com Joseph Gordon-Levitt, Zooey Deschanel, Geoffrey Arend, Chloe Moretz e Matthew Gray Gubler.
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